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Banca de DEFESA: EVLYN LARISSE DA SILVA VILAR

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EVLYN LARISSE DA SILVA VILAR
DATA: 26/03/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Video conferência
TÍTULO:

ESTUDO DO PROCESSO DE INVASÃO DO “SURURU BRANCO” (Mytilopsis sallei) NA LAGUNAR MUNDAÚ, MACEIÓ-
ALAGOAS.



PALAVRAS-CHAVES:

Bivalve, CELMM, Mytella falcata, Etnobiologia, sururu.


PÁGINAS: 1
GRANDE ÁREA: Multidisciplinar
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Em 2021, a comunidade extrativista de sururu de Maceió reportou o aparecimento constante de um molusco semelhante ao sururu nativo, porém de cor esbranquiçada, que logo passou a ser chamado pelos ribeirinhos de “sururu branco” (Mytilopsis sallei). Posteriormente, em 2022, foi reportado o desaparecimento do sururu nativo (Mytella falcata). Tendo em vista que o sururu é Patrimônio Cultural Imaterial de Alagoas, sendo fonte não somente de renda, mas também de alimento para uma parcela significativa da população, torna-se imprescindível a realização de estudos que visem elucidar a incursão deste bivalve invasor no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM). Assim, este estudo teve como objetivo entender o processo de invasão do “sururu branco” no complexo lagunar, bem como compreender a relação entre o estabelecimento da espécie invasora na região e o desaparecimento da espécie de sururu nativo a partir da ótica dos pescadores de sururu do Complexo Estuarino. Este estudo teve um enfoque qualitativo, tendo como aporte metodológico a pesquisa de campo exploratória e descritiva. Foram realizadas visitas na região, onde um pescador antigo da região apresentou a equipe aos pescadores/marisqueiras. Assim, a equipe mostrou-lhes o tema e os objetivos desta pesquisa e os convidou para as entrevistas. Foram entrevistados 31 pescadores/marisqueiras sendo 90,30% deles do sexo masculino, com idade média de 56 anos e idade média de pesca de 36 anos. Os pescadores atribuem direta ou indiretamente o surgimento do “sururu branco” às atividades da mineradora Braskem, devido ao fato de o surgimento do molusco invasor ter coincidido com o maior desastre ambiental da história de Alagoas (afundamento do solo e explosão da mina 18). Os pescadores ainda associam o surgimento do “sururu branco” com o “desaparecimento” do sururu nativo, o que é evidenciado por muitos estudos sobre os efeitos deletérios sob o ambiente e as espécies nativas que nele habitam em decorrência da introdução de espécies invasoras. Entretanto, além da presença do bivalve invasor, o “desaparecimento” do sururu nativo pode ter sido influenciado por alterações na salinidade da laguna devido ao grande aporte de águas da chuva, o que é demonstrado através de estudos. O “desaparecimento" do sururu nativo, por sua vez, causou profundos efeitos à comunidade ribeirinha, sobretudo para aqueles que sobreviviam da pesca, forçando os “sururuzeiros” a migrarem para outras regiões e/ou empregos. O conhecimento sobre a espécie invasora ainda é incipiente para os pescadores entrevistados, sobretudo quando comparado ao conhecimento sobre a espécie nativa. Os pescadores consideram o “sururu branco” mais forte e resistente às condições estabelecidas no ambiente, representando um verdadeiro perigo para o sururu nativo, que representa a principal fonte de subsistência para eles e suas famílias. Assim, a comunidade ribeirinha demonstra grandes preocupações com os efeitos adversos da incursão do “sururu branco” na laguna Mundaú. Dessa forma, as dificuldades enfrentadas pelas comunidades locais, exacerbadas pela escassez do sururu nativo, destacam a necessidade urgente de estratégias de conservação que integrem o conhecimento tradicional à gestão sustentável dos recursos naturais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 1813781 - ADALBERON MOREIRA DE LIMA FILHO
Externo à Instituição - ANDRÉ MOREIRA BORDINHON
Presidente - 1757402 - DANIEL DE MAGALHAES ARAUJO
Interno - 2117016 - JOABE GOMES DE MELO
Externo à Instituição - LUANA TIEKO OMENA TAMANO
Interno - 1818331 - RENATO DE MEI ROMERO
Notícia cadastrada em: 13/03/2025 08:12
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